Amar Sem Preconceito 12



Procurei a Beatriz durante todo o fim de semana, e não a consegui encontrar, liguei, mandei sms, fui à casa dela e nada. Começava a ficar preocupada, eu sabia o porque dela estar assim. Durante a semana não foi as aulas, até que me mandou uma mensagem: "Só agora é que te pude mandar mensagem, estou doente". Ainda perguntei o porque mas ela não me respondeu. Estava farta das aulas assim que peguei na minha vespa cor de laranja e fui dar uma volta, quando cheguei a moto tinha um envelope no acento, no envelope estava escrito o meu nome, peguei nele meti-o dentro da mochila e arranquei. Vagueei por ai, precisava de estar só, precisava de pensar, ou então de me afastar dos pensamentos, já nem sei o que preciso. Quando desliguei a mota estava num monte, com uma bela paisagem à minha frente, tinha casas por perto assim que não tinha medo de estar ali. Olhei para traz e havia ali um penedo enorme, sentei-me em cima dele, os raios de sol incidiram-me diretamente na cara, pôs os óculos de liguei o phones ao telemóvel e ouvi um pouco de música, o quanto eu apreciava aquele momento. Peguei no envelope abri e tirei o que tinha dentro, era uma cartolina vermelha recortada em forma de coração onde tinha escrito em letras pretas:

" Sem você em meus braços eu sinto a minha alma vazia. Surpreendo a mim mesmo examinando os rostos numa multidão à procura do seu. Sei que é impossível mas não posso evitar.

com amor, Eros"

Eros, eros quem és tu? JP és tu? JP, onde estas? JP, por favor diz-me que és tu, que precisas de mim, que me amas e sempre amas-te JP,  não me deixes nunca JP. Jura que és tu que me escreves isto jP... Na verdade, não dei grande importância a outra carta, mas gostava que fosse ele.. Talvez porque nunca o esqueci e ainda gosto dele como no primeiro dia.
Fumei um charro, para esquecer.

"- Jessica, tem cuidado podes te magoar.
- Achas? Já estou pronta para andar só.
- Olha que andar de patins tem muito que se lhe diga.
- Sr. JP será que me pode sair da frente, é que eu preciso de ir para casa.
- Não é boa ideia ires só ainda caís, tira lá isso.
- Não, eu vou patins até casa, caso me encha tenho as sapatilhas na mochila.
- Certeza?
- Absoluta, nem vale a pena..
- Então da-me um beijo para te deixar ir.

...

Já era escuro, dava uma adrenalina muito grande andar de patins só, depois de tanto tempo a andar a aprender, ia numa descida, quando de rente, pronto caí, e rebolei no cimento, tentei por me a pé, mas doía-me todo, e deixa-me cair mesmo ali no chão, estava sozinha, estava quase a chorar por  vergonha e acima de tudo estava assustada, precisava de ajuda, não estava ali ninguém, e estava escuro, quando ouvi alguém a rir-se, a traz de mim.
- JP
- JP
- Ès tu JP
- JP aparece preciso de ti...
- Achas mesmo que te ia deixar vir só, anda lá eu ajudo-te, tira isso para irmos tratar das feridas."

Como ele era protetor, pensei eu, ou  fui eu que sonhei? Não sei, só sei que agora estou assim, JP, preciso de ti,

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