Vidas Cruzadas [Parte 16]





Fui aos pulos ter com o resto da turma, tive até que contem a minha excitação para desempenhar o meu papel, tivemos imenso público, estava tão feliz que nem fiquei nervosa, felizmente correu tudo bem e o espectáculo foi um sucesso, e conseguimos um bom dinheiro. Tive pena de nem o meu pai nem a minha mãe me terem ido ver, mas prontos, já estou habituada.

***

Cheguei a casa por de volta da 7 da tarde, abri a porta e vi as luzes acesas.
- Madalena: Filha já chegas-te? - Disse ela aparecendo de repente, vindo em direcção a mim.
- Catarina: Sim, que estas a fazer a esta hora em casa? Só costumas chegar as 8.
-  Madalena: Pois filha, mas há muita coisa nesta casa que irá mudar. Anda comigo- Pegou-me pela mão como se eu fosse uma criança, e levou-me para o quarto dela.
- Catarina: Mãe o que se passa? Estas assustar-me.
- Madalena: Catarina, escuta com atenção, durante muito tempo tolerei muita coisa ao teu pai, perdoei-lhe já quase o imperdoável, lutei cada dia para que desse certo, não por mim, mas sim por ti e pela tua irmã, nunca quis que fossem filhas de país separados, mas chega, há limites para tudo, a tua irmã já saiu de casa e por causa dele tu sabes, e tu já estas crescida, por isso acho que chegou a altura de pensar mais em mim, quero o bem-estar para todos nós, e o melhor será eu e o teu pai seguirmos caminhos diferentes, eu pedi-lhe o divorcio, ele irá ficar cá em casa ate encontrar outra casa para viver, isto com respeito a ti, não por ele, mas a partir de hoje não temos nada a ver um com o outro, ele quer jantar que o faça, e tem o quarto da tua irmã para dormir, dei-lhe uma semana para procurar casa.- Quando acabou a minha mãe tinha os olhos cheios de lágrimas.
- Catarina: Se achas que é o melhor para nós eu estou contigo mãe. - Não tive mais palavras para lhe dizer naquele momento.
A minha mãe abraçou-me e deu-me um beijo na testa.
- Madalena: Eu amo-te filha, e aconteça o acontecer tens-me aqui para tudo.
Depois deste momento de tanta emoção fui tomar um banho, onde chorei as minhas lágrimas todas, mas no fundo eu não estava triste, pois sabia na pessoa que o meu pai se tinha tornado, e um encontro maravilhoso me esperava. Fui ajudar a minha mãe com o jantar, o meu pai não estava em casa. Já no fim de jantar:
- Catarina: Mãe posso ir dar uma volta?
- Madalena: Com quem filha?
- Catarina: Com um amigo meu. - Não tinha coragem de dizer que ia ter com o meu professor, conto muita coisa à minha mãe mas esta história seria demais, dava-lhe um desgosto, nem era o momento para tal.
- Madalena: Podes, mas não chegues muito tarde, que amanha tens aulas.
Sai rapidamente da cozinha, e corri ao armário e vesti-me rápido e  peguei minha bolsa e dirigi-me à porta de saída, nisto a porta abriu-se era o meu pai.
- Carlos: Onde vais Catarina?
- Madalena: Vai dar uma volta.
- Carlos: E achas que é uma boa altura? Temos de falar, além disso ela amanha tem aulas.
- Madalena: Eu já falei com ela, deixa-a ir ela precisa, e não vem tarde.
- Carlos: É por isso que depois não tens mão dela, deixas-la fazer tudo o que ela quer.
- Madalena: Catarina podes ir filha.
Fechei a porta, e fiquei mesmo revoltada com o meu pai, fogo tem de estar sempre arranjar problemas com tudo, com isto atrasei-me, quando cheguei ao parque o Marco já lá estava. Estava sentado num banco de jardim.
- Marco: Boa noite, pensei que te tinhas arrependido.
- Catarina: Achas?
Levantou-se veio em direcção a mim, para me cumprimentar, deu-me um suave e demorando beijo numa bochecha, ao mesmo tempo que mexia no meu cabelo, desceu sua mão e tocou meu rosto, começou a tocar os meus lábios com os seus dedos macios, eu não aguentei e inclinei a minha cabeça em sua direcção e sem mais demora ele beijou-me, um jeito muito intenso e bem demorando, suas mãos percorriam meu cabelo, meu pescoço, minhas costas, meu rabo, minhas pernas, as minhas mãos focaram em seus cabelos macios, ate que eu parei que já estava a ficar sem respirar, e afastando-me um pouco.
- Catarina: O que significa isto para ti?
- Marco: Miúda eu não paro de pensar em ti, fantasiei tantas vezes como seria beijar-te ter-te comigo para mim, não sei bem o que é isto, mas é uma vontade incontrolável de estar contigo, de te amar princesa. - Explicou ele, sentando-se e sentando-me no colo dele.
- Catarina: Mas és meu professor...é quase impossível...
- Marco: É se quisermos, além disso não é preciso ninguém saber.  Não sei se estas disposta a isto, nem se sentes o mesmo, eu gosto de ti.
- Catarina: Eu também gosto, e sinto o mesmo que tu, mas esta tudo acontecer tão depressa.
- Marco: Se é assim que  queres podemos ir devagar com calma miúda, como queres ficar então?
- Catarina: Porque é que temos de dar um nome a tudo? Eu gosto de ti, tu de mim vamos ver no que dá, mas devagar, e sem ninguém saber.- Nem esperei pela resposta e desta vez fui eu que o beijei.
Continua




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