Vidas Cruzadas [Parte 19]



Cheguei a casa, meti-me no meu quarto, tentei não chorar, e pela primeira vez consegui.
- Madalena: Catarina ainda bem que chegas-te? - Disse ela, abrindo a porta do meu quarto.
- Catarina: Porque mãe?
- Madalena: O pai já saiu de casa, por fim vamos viver em paz, e vou tentar contactar a tua irmã.
- Catarina: Que bom. - Disse forçando um sorriso, mas não me saiu grande coisa, era o único que conseguia naquele momento.
- Madalena: Que se passa minha querida, tens reagido tão bem a isto, és uma mulher filha, e agora estas assim...
- Catarina: Mãe, eu estou cansada de ser forte, cansada de dizer que esta tudo bem quando não esta, o pai magoou-me muito, muito mesmo.
- Madalena: Mas não é só isso.... Que se passa? Anda ai amor na costa, e não esta a correr bem....
- Catarina: Pois não,eu conheci uma pessoa que parecia estar feliz ao pé de mim, e agora ele afastou-se.
- Madalena: Afastou-se?
- Catarina: Sim, disse que se ia embora para Lisboa e que voltava dentro de um mês, mas mãe eu sinto que não é só isso que esta acontecer, sinto-me tão frágil. - Acabei a frase a chorar compulsivamente.
A minha mãe percebia-me melhor que ninguém, e não fez mais perguntas limitava-se a ouvir-me. Adormeci com ela no meu quarto, acordei com uma enorme dor de cabeça, arranjei-me, tomei pequeno almoço e desci, o Filipe já estava a minha espera.
- Filipe: Bom dia, uiii que se passa?
- Catarina: Nada, vamos.
- Filipe: Tens a certeza?
- Catarina: Não.
- Filipe: Olha e se fossemos ate minha casa, não tenho lá ninguém, faltamos a primeira aula, parece-me que precisas de falar.
- Catarina: OK.
Quando cheguei a casa do Filipe recebi uma mensagem:
 De Marco: "Meu amor, eu já estou em viagem, não fiques assim, partes-me o coração, beijinho, amo-te"
Para Marco: " Tu é que me partis-te o coração com a tua ida repentina, boa viagem, amo-te"

Entramos e fomos para a sala, sentei-me no sofá.
- Catarina: Há uma coisa que tu não sabes, eu ando com o Marco, o professor de história, a cerca de um mês.
- Filipe: Um mês? E quando tencionavas contar-me? Agora faz sentido, mal chegavas a escola ninguém te via, nos intervalos parece que desaparecias por completo, muito bem fico feliz por ti a serio. E porque estas assim?
Contei-lhe o que se tinha passado, ele ouviu-me ate ao fim.
- Filipe: Tenho duas coisas para te dizer, tem cuidado, e se ele gostar de ti ele volta. Só espero que não se esteja aproveitar de ti.
- Catarina: Não sejas parvo, já estou mal coisa que chegue.
- Filipe: Desculpa, mas sabes que eu tenho de te proteger, ele vai voltar, e um mês não é quase nada.
- Catarina: Os meus pais vão separar-se, o meu pai saiu ontem de casa nem se despediu de mim, estou farta de mostrar que isso não me afecta mas na verdade afecta-me e muito.
- Filipe: Cat, pelo que sei as coisas em tua casa estão mesmo muito mal, talvez essa seja a solução para poderem viver em paz.
Contei-lhe tudo de ele me ter batido, ate o ter visto com outra mulher, acabando a chorar, ele abraçou-me e pediu para ter calma. Ele tinha o poder de me acalmar, senti-me muito melhor. Os dias ia passando, o Marco ligava dia sim dia não, e falávamos por mensagens, a cada dia que passava sentia o coração cada vez mais apertado, espero que passe depressa, era o que todos os dias ao me deitar eu pensava. E rezava para acordar do pesadelo que se tornou a minha vida.

continua



7 comentários:

  1. não sei , depois ainda me canso c:
    mas vou pensar num tema xD se tiveres sugestões :D

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  2. teve muitas visitas porque é uma coisa que se passa neste momento e muita gente anda preocupada :s
    ok eu vou começar a pensar num tema e escrever a historia antes , porque aquela que eu escrevia era na altura de improviso xD por isso é que o final foi assim a despachar x)

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  3. - bem o meu comentário é sempre igual , adoro adoro e cada vez adoro mais , espero que o Marco volte rápido para ele se sentir melhor :)

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  4. Está cada vez melhor esta história :)

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  5. Está lindo ! Quero ler mais :)

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