Vidas Cruzadas [Parte 4]



- Catarina: Filipe?
- Filipe: Bem parece que ficas-te desiludida por me ver, vais me convidar a entrar ou fico aqui a porta?
- Catarina: Parvo, entra claro, vou só arranjar-me, já venho fica a vontade.
Quando voltei do quarto, tinha um verdadeiro banquete, é tão querido ele.
- Catarina: Não era preciso tudo isto.
- Filipe: Claro que era, fui a escola e contaram-me o que se passou, então resolvi fazer-te esta surpresa, e então como estas?
- Catarina: É melhor sentarmos, eu estou bem obrigada.
- Filipe: Eu tenho uma coisa para te dizer, Cat...
- Catarina: Eu também tenho algo para te contar.
- Filipe: Vala diz, eu posso esperar
Contei-lhe o que me aconteceu do acidente, que fui ao hospital com o Marco, o nosso almoço, que me trouxe a casa, que trocamos o número, tudo a pormenor, inclusive o que achava dele, e o que sentia, ele ouviu-me como sempre.
- Catarina: E é isto, então não dizes nada?
 - Filipe: Que queres que te diga Catarina, que ele é teu professor, que possivelmente só estava preocupado contigo, que estas a criar ilusões, e sabes muito bem que nunca poderá haver nada entre vós, e estas e ser infantil, ao pensares essas coisas.
 - Catarina: Olha escusas de ser desagradável sim.
- Filipe: Desculpa mas apanhaste-me de surpresa, olha afinal tenho de ir, tenho uma aula daqui a 10 minutos.
- Catarina: Mas acabas-te de chegar, alias tinhas algo para me dizer.
- Filipe: Pois não é nada de especial, bem ate outro dia.
Deu-me um beijo na testa e saiu, sinceramente não percebi aquela atitude, porque terá reagido assim? Será que disse algo de errado?
Os próximos 2 dois foram casa e sofá, não tive noticias de ninguém, por momentos questionei-me se não teria amigos, e se os tenho onde estarão quando preciso. Finalmente hoje vou poder regressar a escola, confesso que estava ansiosa, e farta de estar em casa, como não podia ir com o Filipe de mota por causa das muletas tive de pedir ao meu pai para me levar, claro que começou logo a resmungar que não tinha tempo, assim que me levantei mais cedo e despachei-me para não roubar o precioso tempo do meu querido pai, definitivamente não sei o que se passa com ele.
Finalmente cheguei à escola, o meu pai deixou-me mesmo em frente a porta, ia a entrar quando olho para o lado e vejo o Filipe a chegar de mota com uma rapariga, muito bonita por acaso, fingi que não vi e entrei, dirigi-me a sala onde ia ter aulas e esperei pelo toque. A aula foi uma seca, acho que já perdi alguma matéria em apenas 3 dias, tocou para fora e fui ao bar, sentei-me numa mesa, quando vi o Filipe.
- Filipe: Olá Cat.
- Catarina: Oi
- Filipe: Então princesa como estas?
- Catarina: Como achas que estou, desde aquele dia em que sais-te da minha casa daquela maneira, não te preocupas-te estes dias sabendo que eu estava só em casa, e ainda me perguntas como estou? Que se passa Filipe?
- Filipe: O Cat não faças filmes ta...
Mal ele acabou de falar veio a mesma rapariga de manhã e nem me deu tempo de dizer mais nada.
- Joana ( a tal rapariga): Não me atrasei pois não Lipe? Vamos?
- Filipe:  Sim vamos, bem esta é a Catarina, e esta é a Joana.
- Catarina: Olá
- Joana: Olá Catarina prazer em conhecer-te.
- Filipe: Bem temos de ir, xau Catarina.
Eu não acredito, o meu melhor amigo trocou-me por aquela, já o trata por "Lipe" e tudo, eu já sabia que ele estava estranho, este mundo anda de pernas para o ar.
- Marco: Olha a aluna que eu atropelei, então como estas?
Fiquei tão irritada que nem reparei que ele estava ali.
- Catarina: Já estou bem melhor, já quase não tenho dores, o pior é ter de andar com as muletas aqui na escola, é desconfortável.
- Marco: Pois é normal, vê se melhoras, olha no outro dia deixas-te a tua carteira no meu carro, guardei-a pensei em passar em tua casa, mas achei que era demais, assim que aqui a tens.
 - Catarina: Nem dei pela falta dela, de qualquer maneira obrigada e claro que podia ter ido lá a casa.
 Aproximou-se e tocou-me na mão, e afastou-se, ai eu fui ate a lua, e senti nos olhos dele que também não lhe era indiferente, mas ao mesmo tempo acho que não é boa ideia pensar nestas coisas ele é meu professor e por um lado o Filipe ate tem razão, mas fogo é mais forte do que eu, não consigo sentir aquela distancia de professor e aluna.

continua

Um comentário:

  1. Tive a ler agora as duas partes que me faltava, e juro que está demais. Assim que postares a próxima parte, avisa-me. E continua, que está a ficar linda :D

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