Para relembrar
Naquele
momento o que mais precisava era do abraço dele, para ter a certeza que
estava tudo bem, não sabia explicar mas estava cheia de saudades dele,
eu tinha de o encontrar, estava escuro, o barulho dos passos iam-se
aproximando, a minha vontade era fugir dali, mas queria ter a certeza se
era ele. Escondi-me debaixo de uma árvore, pode ver que era ele, até no
escuro o poderia identificar era inconfundível. O meu corpo lançou-se
rapidamente para o lado em que ele estava, mas rápido me demovi e me
voltei a esconder quando vi que estava acompanhado, não conseguia ver
quem era ou se era rapaz ou rapariga. À medida que se iam aproximando os
seus diálogos foram ficando cada vez mais explícitos, embora não
consegui-se decifrar tudo o que diziam.
- Já te disse que não, acredita em mim.- Dizia ele.
- Achas que devo? - Perguntou uma rapariga, não podia acreditar que ele me desligou o telemóvel e estava ali com outra qualquer.
-
Sim, esta tudo bem, vai ser tudo como antes e acabou.- Insistia ele
virado de frente para ela, com jeito de imploração. Tentei ver quem era a
rapariga mas não consegui, estava de costas para mim.
- Não quero ver ninguém a sofrer, ou não quero sofrer.- Não percebi muito bem o que disse devido à distancia.
Para
mim era demais, chega. Quer dizer no momento em que eu decidi dar um
passo vejo-o com outro a prometer mundos e fundos, não. Saí dali mas
antes quis marcar presença, assim que comecei a correr, sem olhar para
eles mas para verem que estava ali alguém, que eu sou alguém, que te,
sentimentos e não quero ser tratada como um boneco, e voltar a ser a sua
segunda opção como já o fui, na melhor das hipoteses aquele era a sua
ex e voltaram, não me conformo. Cheguei a casa e corri para o quarto da
minha irmã, deitei-me na cama a chorar.
- Ariana, eu preciso tanto
de ti, dá-me um sinal, porra. Dizes-me o que foi aquilo, o que faço
agora. - Implorei chorando deitada na cama. E assim adormeci, em cima da
cama da minha irmã.
Quando acordei já o sol raiava na janela, e
insistia em entrar, quando percebi onde estava constatei mais uma vez
que desde que ela morreu nada mudou naquele quarto, nem a roupa da cama
foi mudada. Abri uma gaveta para ver se encontrava lenços, pois tinha
acordado a chorar, e qual é o meu espanto, ao ver aquilo dentro da
gaveta da Ariana?
O que achas, estou a escrever uma história, faz parte de um bilhete que ele lhe envia como pedido de desculpas:
ResponderExcluirTenho saudades tuas, do teu rosto, do teu corpo, do teu abraço firme, forte mas, ao mesmo tempo doce, suave,sereno.... tenho saudades do teu toque, das tuas carícias que me envolvem com tanta graça e simplicidade, tenho saudades do teu fogo ardente, contangiante, consumidor, inapagável... sim, essa palavra não existe...mas não sou capaz de fazer uma com todas as que existem. desejo-te, a cada segundo... mais e mais... hoje não mais que os outros dias desejei-te ao meu lado... relembrei os nossos momentos juntos, senti-me mal, triste, sozinho... sem ti não sei o que faço, minha vida não tem sentido... sem ti, tenho fome... cede... no teu amor... de ti.
Amo-te mais do que tudo, vou ficar a tua espera, quando estiveres pronta liga-me... nunca mais te deixo escapar dos meus braços.