Amar sem preconceito 15




Naquele momento o que mais precisava era do abraço dele, para ter a certeza que estava tudo bem, não sabia explicar mas estava cheia de saudades dele, eu tinha de o encontrar, estava escuro, o barulho dos passos iam-se aproximando, a minha vontade era fugir dali, mas queria ter a certeza se era ele. Escondi-me debaixo de uma árvore, pode ver que era ele, até no escuro o poderia identificar era inconfundível. O meu corpo lançou-se rapidamente para o lado em que ele estava, mas rápido me demovi e me voltei a esconder quando vi que estava acompanhado, não conseguia ver quem era ou se era rapaz ou rapariga. À medida que se iam aproximando os seus diálogos foram ficando cada vez mais explícitos, embora não consegui-se decifrar tudo o que diziam.
- Já te disse que não, acredita em mim.- Dizia ele.
- Achas que devo? - Perguntou uma rapariga, não podia acreditar que ele me desligou o telemóvel e estava ali com outra qualquer.
- Sim, esta tudo bem, vai ser tudo como antes e acabou.- Insistia ele virado de frente para ela, com jeito de imploração. Tentei ver quem era a rapariga mas não consegui, estava de costas para mim.
- Não quero ver ninguém a sofrer, ou não quero sofrer.- Não percebi muito bem o que disse devido à distancia.
Para mim era demais, chega. Quer dizer no momento em que eu decidi dar um passo vejo-o com outro a prometer mundos e fundos, não. Saí dali mas antes quis marcar presença, assim que comecei a correr, sem olhar para eles mas para verem que estava ali alguém, que eu sou alguém, que te, sentimentos e não quero ser tratada como um boneco, e voltar a ser a sua segunda opção como já o fui, na melhor das hipoteses aquele era a sua ex e voltaram, não me conformo. Cheguei a casa e corri para o quarto da minha irmã, deitei-me na cama a chorar.
- Ariana, eu preciso tanto de ti, dá-me um sinal, porra. Dizes-me o que foi aquilo, o que faço agora. - Implorei chorando deitada na cama. E assim adormeci, em cima da cama da minha irmã.
Quando acordei já o sol raiava na janela, e insistia em entrar, quando percebi onde estava constatei mais uma vez que desde que ela morreu nada mudou naquele quarto, nem a roupa da cama foi mudada. Abri uma gaveta para ver se encontrava lenços, pois tinha acordado a chorar, e qual é o meu espanto, ao ver aquilo dentro da gaveta da Ariana?











PS- Peço desculpa por só agora escrever mas o tempo é muito escasso.

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