Amar sem preconceito 2




Faz hoje precisamente um ano que a Ariana morreu, e eu não pude fazer nada para a salvar. Quero ter continuado a dormir mas a minha mãe acordou-me.
- Anda lá dorminhoca, as férias já acabaram.
Quando destapei a cara com o cobertor, ela percebeu logo o que eu tinha, e abraçou-me, devia ser a primeira vez desde a morta da minha irmã que abracei a minha mãe, e choramos juntas. A certa altura ela parou, limpou as suas lágrimas e depois as minhas.
- Tem calma meu amor, ela não gostaria de te ver triste se aqui estivesse, logo vai haver uma missa em nome dela eu e o teu pai vamos também por flores e velas na campa, gostaria que viesses connosco.
Acabei de secar as minhas lágrimas, levantei-me da cama e ganhei força para falar.
- Se ela cá estivesse.. mas não esta. Missa? Flores, velas? Para que mãe? Diz-me para que? Isso traz-la de volta? Não, ela demonstrou não estar bem e eu e tu e o pai nem o mano fomos capazes de perceber isso, e deixamos que ela morresse, agora é tarde já não se pode fazer nada. Não é isso que vai trazer a Ari de volta, por isso afasta essas ideias para bem longe de mim percebes-te?
- Jessica, eu sei que isso não a traz de volta, mas estamos a homenageia-la, a relembrar-la filha...
- Para que mãe? Se ela morreu à um ano e não há um dia que não pense nela?
A minha mãe sabia das minhas ideias e que nada me iria fazer mudar, assim sai do meu quarto e limitou-se a dizer-me "Faz como a tua consciência ditar."
Arranjei-me, bebi o leite e peguei na mochila, sei que tenho os livros novos mas nem sei o que meti na mochila, as aulas começaram à 3 semanas e eu não vejo a hora de elas acabarem, mas hoje não conseguia ir para as aulas, então fui passear, liguei ao João Pedro, que há quase um ano que não falávamos, sempre que estava triste ligava-lhe, ele sabia como me confortar. Nós andávamos, mas eu afastei-me com a morte da minha irmã, não estava com cabeça para namoricos, nem estou, mas preciso de ouvir a voz dele, também não lhe podia pedir que esperasse por mim, porque nunca lhe dei certezas de nada logo desde inicio. O telemóvel chamou, mas ele não me atendeu. Se calhar deixei passar demasiado tempo, enfim, esta no seu direito.   Quando dei por mim estava perto do cemitério e ouvi a voz da minha mãe " Faz o que a tua consciência ditar", aproximei-me do cemitério, e vi um rapaz a sair de lá, depressa me apercebi que era o João Pedro, e então escondi-me a traz de uma árvore.



continua





Desculpem a demora mas estou mesmo sem tempo, não esta grande coisa mas foi o que consegui.

3 comentários:

  1. Olha, estou-te a divulgar no tumblr :)
    Estou a adorar a tua história, está fantástica, e estou mortinha por ler mais. Fico á espera da continuação :D

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  2. muito obrigada querida . (tens o nome do meu blog antigo mas não tem mal)

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  3. Oh obrigada fofinha :3
    e estou a gostar da história, continua **

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