Vidas Cruzadas 45

Os dias iam passando à velocidade da luz, já estamos no verão. Neste momento estou em Lisboa, vim conhecer a mãe do Marco e a sua família. A mãe dele é uma senhora muito simpática. Conheci também alguns amigos dele. Estamos a passar uns dias no apartamento dele aqui em Lisboa, é um apartamento grande, com muita classe, fiquei um pouco assustada quando reparei que a família dele e todos os  seus amigos são pessoas com algum poder económico, e comecei a meter na cabeça que não pertenço a este local, sempre vivi com pouco, sempre fui habituada a ter apenas o necessário. E agora sinto-me desenquadrada, e tenho muito receio que um dia o Marco me abandone, afinal eu não tenho dinheiro, ao contrário das pessoas a quem ele chama família e amigos e ainda por cima tenho apenas 16 anos. Sinto-me como um peixe fora de água. Claro que ainda não tive nenhuma conversa com ele acerca deste assunto. Não há um dia que não pense nos meus pais. Tenho tanto medo de ter tomado a decisão errada. E se me arrepender? Bem agora vou dormir, e vou-me deixar de pensamentos.
Quando acordei já o sol insidia sobre a janela, estava muito calor, olhei para o lado estava vazio. Devia de ter ido tomar o pequeno almoço ou estava no banho. Vesti-me e desci as escadas, sim um apartamento com dois andares, quando oiço a voz dele, estava a conversar com alguém, e por impulso fiquei ali quieta a ouvir a conversa.
- Marco: Sim tenho a certeza, ela não significa nada.
- Amigo do Marco: És mesmo doido. Tem é cuidado com o que andas a fazer. Sabes que ela gosta de ti, não sei o que te fez mudar de ideias.
Nisto bateram a porta e saíram. Fiquei em choque. Eu não significo nada para ele? O que mudou? As lágrimas começaram a cair de uma maneira descontrolada. Subi as escadas meti a minha roupa numa mala, e sai porta fora, apanhei um táxi e pedi que me levasse a uma estação de comboios. Procurei o próximo comboio para o Porto, tirei bilhete e entrei no comboio. Liguei os fones, as lágrimas não paravam de cair, como é possível, mas porque se ele não queria isto porque me fez acreditar que sim, porque me fez acreditar que de novo que íamos acabar juntos. Ao fim de duas horas de viagem tinha 8 chamadas não atendidas dele. Foi quando resolvi mandar-lhe uma mensagem.

Continua

PS- Acabara na parte 50

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