Vidas Cruzadas [Parte 1]


Abri a porta com cuidado, pois já deviam ser perto das sete da manhã, não estava a espera que a festa de fim de férias durasse ate tão tarde, entrei em casa, fui a correr para o meu quarto, cheirava a tabaco e álcool, despi minha roupa, e deitei-me na cama, adormeci.
Mãe: Catarina, acorda.
Catarina: Que horas são?
Mãe: São quase oito horas.
Bolas estava atrasada, era o meu primeiro dia de aulas no 10º ano, numa escola nova, fui tomar banho, arranjei-me, peguei minha bolsa meti alguns cadernos, carteira, maquilhagem, óculos de sol, peguei na chave de casa, e estava pronta.
Catarina: Mãe, pai já vou
Pai: Espera Cat
Catarina: Anda lá
Pai: Chegas-te de manha, que pensas da tua vida, só tens 16 anos, hoje é o primeiro dia de aulas, és uma irresponsável.
Catarina: Desculpa pai, distrai me com as horas não volta acontecer, tenho de ir.
Pai: Podes querer que não volta acontecer não, ai Madalena a culpa é tua, habituaste-a a fazer todo o que ela queria, agora já ninguém tem mão nela.
Bati a porta, e desci as escadas, o meu pai consegue ser tão desagradável pela manhã, a minha mãe devia de ter ouvido poucas e boas depois de eu ter saído, mas estou me borrifando. Fogo o Filipe nunca mais chega, meti a mão no bolso, e não acredito esqueci me do telemóvel, olhei o relógio marcavam oito horas e vinte e cinco minutos, bonito as aulas começas as oito e meia, ainda não tomei pequeno almoço, e o Filipe nunca mais chega. Decidi ir comprar um bolo e um sumo a pastelaria ao lado, quando sai já la estava o Filipe.
Catarina: Nunca mais chegavas fogo, fui comprar o pequeno almoço enquanto.
Filipe: A mota não pegava, anda sobe vamos, que já é tarde.
O Filipe é o meu melhor amigo, é um querido, tem dezoito anos, e desde os seus dezasseis que ele me leva a escola na sua mota. Muitos pensam que nós andamos, mas na verdade somos apenas amigos, gosto imenso dele, mas como um irmão, nem o consigo ver de outra maneira. Finalmente chegamos, eu ia para a escola onde andava o Filipe, eu não conhecia ninguém, estacionamos a mota, entramos na escola, enquanto eu devorava o meu pequeno almoço, fomos ver os horários, para ver onde era a minha sala, o Filipe levou-me ate lá, não havia ninguém nos corredores.
Filipe: E pronto boneca chegas-te, venho-te buscar no intervalo.
Catarina: Obrigada.
Filipe: A minha princesa linda não tem de agradecer.
Deu-me um beijinho no pescoço e outro na bochecha, e de repente ouvimos, um barulho era um rapaz, que queria entrar para a sala, e nós estávamos em frente a porta. Olhei para ele, era lindo, alto, moreno, cabelo aos caracóis preto com gel, olhos verdes, musculado, muito cheiroso e bem vestido. Fiquei tão envergonhada.
Catarina: Desculpa
Ele entrou e eu entrei a seguir, qual não foi o meu espanto ao perceber que aquele rapaz escultural ia ser o meu novo professor de história, agora é que fiquei mesmo envergonhada.
Entrei na sala sentei-me e tive muito atenta ao resto da aula, ele também estava atrasado. Começou por se desculpar, e se apresentar, chamava-se Marco, tinha 26 anos, e era nosso director de turma, e um pedaço de homem. O resto do dia passou a correr, tentei não me lembrar mais daquele deus grego, que ate era pecado.

será que vale mesmo a pena continuar? 

continua

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